segunda-feira, 24 de novembro de 2008

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Michael Garve

É sem duvida o maior representante do bodyboard algarvio nascente e, provavelmente, um dos maiores snowboarders do panorama europeu. Lançou-se de um helicóptero nos Alpes Suiços com uma prancha nos pés e assumiu recentemente o seu lugar na Avenida Nascente, Ilha de Faro, onde encontrou as suas raízes, e ainda vestígios de positividade deixados pelo Aquático RP, agora exilado no Oriente.

Atento, o flash aquático apanhou-o, no ínicio do corrente mês, de passagem pela Beira Litoral, com fortes prestações dentro e fora de água..


Sempre carismático, mas num registo menos habitual, Michael Garve mostra à B.A. o seu beicinho mais sexy..

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

domingo, 2 de novembro de 2008

A minha baía é de água.... doce!




14 de Julho 2008, 18h. Tacão, punho, pá, forqueta, slide, voga, sota. Teoria dada, venha a prática. Sem colete de salvação, de havaiana no pé, sentada num “barco” amarelo, estou só, em pleno rio Mondego. “…E AGORA?!?” grito. “AGORA REMA, GAROTA!”. A voz vem da margem…que é agora pequena porque a corrente, entretanto, me afastou. Refilo com os patos porque os remos teimam em não remar, o “barco” prefere andar às voltas e nunca a direito, faço juras de nunca mais voltar… porque nada me obedece! Finalmente, já depois de uns quantos pescadores me rogarem pragas por lhes afastar o pescado, ouço a tal voz com ordens de regressar ao cais. Aqui, não há ondas nem rochas de seis metros, mas há códigos de circulação e pilares de pontes! E como se não bastasse, há um Basófias que insiste em passear, rio acima - rio abaixo, um turista de cada vez! Foi por tudo isto (e muito, muito mais!!) que o regresso demorou o tempo necessário para ser bombardeada, logo que recém-chegada ao pontão, com uma do género…“Pensei que tivesse que te pegar, menina!”. Segue-se o ritual do carregar barco, lavar barco, secar barco, arrumar barco.

Foi assim a primeira aula, a segunda, e… como não há duas sem três e à terceira é de vez… foi neste dia que, com uma companheira espanhola, resolvi experimentar a velocidade de um skiff, o equilíbrio a dois e por fim…, já depois do barco raspar no chão do cais, … a água! Saímos de baixo do barco, de gargalhada ininterrupta, e apresentámos rapidamente a justificação da queda….“Foi o vento!!!!”. Os dias seguintes perfizeram duas semanas e comecei a perceber o desporto que nos faz chegar à meta de costas! O desporto que com a modalidade “Sofá” a que, até então, estava habituada.… tem apenas a semelhança de… estar sentada!! Ao fim desses dias, o aviso no pavilhão da Associação Académica de Coimbra - Secção de Remo era explícito : “Em Agosto não há aulas ”. Depois de um final de Agosto rodeada de aquáticos e madrugadores, de campismo e natureza, cheguei a Setembro com a certeza de que era à agua (….do meu rio!) que queria voltar.

1 de Setembro, segunda-feira. Peguei na bicicleta e deslizei até ao clube. O meu “mar” estava flat e o sol espelhava-se nele. Finalmente aqui! De sorriso aberto, “ÔH LINDA, VOLTOU?!?!!”, recebe-me o , até agora, melhor treinador de sempre. Alfredo, luso-brasileiro, paciência inesgotável, boa disposição constante. Aquático de água doce há 51 anos. Total responsável do meu novo vício. Orgulhoso, parece-me, do meu progresso. Dos alunos de Verão, sobraram três ou quatro. Mas, surgem novas caras dos quinze aos sessenta e tal anos. No total, somos 30 … mas sem certeza! A única que tenho por agora, é a de que, quando apareço nos fins de tarde de sexta-feira, comando um barco de quatro. Ensino o que já sei, tudo em tom alto e em bom som porque isto de ir de costas não é fácil, mas muito menos o é quando tudo tem que ser explicado em inglês e francês para erasmus e em português-muito-lento para brasileiros. Dou ordens de ataque e de paragem, corrijo quem está errado, elogio quem está certo. Quando abandono o rio, já a noite caiu, a cidade recolhe-se. Pego na mochila, próxima paragem: casa.

Nos primeiros dias de Setembro, a proposta surgiu. “ Remar bem cedo” implicava fazer o que nunca ninguém alguma vez tinha feito: tirar-me de casa às 7.40h das manhãs de segunda e quarta feiras. Sem hesitação, saiu disparadamente um “Amanhã estou cá”. Despertador, pão – queijo-leite, pé no pedal e geladinha, sem sentir o nariz, atravesso a ponte para carregar o double com o meu treinador (no clube desde as 6h!) e remar durante uma hora e meia.
Na minha baía, o sol nasce nas minhas costas e, à volta, a cidade acorda para um novo dia. Também eu.


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