Estimados colegas, para quem não me conhece meu nome é Rodrigo Camacho, sou natural de São Paulo – Brasil, mas resido em Santa Catarina na região de Florianópolis e estou a participar de um projecto de pesquisa na FEUP, onde tive a oportunidade de conhecer alguns membros da Baiaaquatica, com os quais muito me identifiquei e me sinto no dever de retratar essa história que vivi em algures espanhóis.
Tudo começou no último dia 9 de Dezembro, quando entrei em um comboio com destino a Bilbao na região do País Basco, Espanha. Obviamente que este não era o meu destino final, então após uma noite inteira de viagem e trocas de comboio, chego a este sítio sob uma forte chuva de granizos e ainda um pouco desorientado, consigo mudar de estação (Bilbao Abando para Bilbao Atxurri) e finalmente entrei em um novo comboio, que iria me levar ao sonho que sempre tive desde a adolescência, ou seja, surfar um dos principais spots mundiais, a famosa esquerda de Mundaka.
Mundaka é um município da Espanha na província de Biscaia, comunidade autónoma do País Basco, de área 4,19 km² com população de 1847 habitantes (2004) e densidade populacional de 440,81 hab/km². Deste modo fica evidente que não há muito o que fazer num “pueblo” como este, a não ser que tu sejas um aficionado por surf e não se importe em acordar cedo naquelas manhãs mais frias do Inverno para analisar as condições do mar. Em seguida voltar ao hotel para um pequeno-almoço, colocar o fato, botas, luvas, tudo que tiver para se proteger do griso matinal e se atirar num rio em busca de umas das melhores esquerdas da Europa e porque não do mundo. Ao sair com o corpo muito cansado após remar o tempo que conseguir numa corrente muito forte, nada melhor do que um bom almoço, e um bom descanso, para continuar o ciclo.
No primeiro dia, segunda-feira 10 de Dezembro as ondas estavam fora de controlo, cerca de 10 pés com um forte onshore, chuva e na cidade vizinha (Bermeo) o paredão do porto seria destruído. Foi um excelente dia para ir conhecer Bilbao e ficar quietinho no hotel a aguardar condições mais hospitaleiras. Na manhã seguinte o sol resolveu aparecer entre as nuvens e mesmo com um fraco onshore as ondas quebravam perfeitas com cerca de 6 pés. O dia seguinte foi marcado pelo flat, mas na quinta-feira, dia 13, as condições amanheceram perfeitas, 4 a 6 pés de ondas com vento offshore e alguns tubos a rolarem com apenas umas dez pessoas no pico. Foi o melhor presente de papai natal antecipado, com a cabeça feita, o corpo cansado, cheio de boas recordações era hora de voltar à rotina do Porto, mas aos amigos fica esta dica e ao terem a oportunidade de irem à este sítio não pensem duas vezes, um pouco de planeamento é recomendável, fiquem atentos aos ventos do quadrante sul, ondulações de noroeste e a maré vaza…
Rodrigo Camacho
Tudo começou no último dia 9 de Dezembro, quando entrei em um comboio com destino a Bilbao na região do País Basco, Espanha. Obviamente que este não era o meu destino final, então após uma noite inteira de viagem e trocas de comboio, chego a este sítio sob uma forte chuva de granizos e ainda um pouco desorientado, consigo mudar de estação (Bilbao Abando para Bilbao Atxurri) e finalmente entrei em um novo comboio, que iria me levar ao sonho que sempre tive desde a adolescência, ou seja, surfar um dos principais spots mundiais, a famosa esquerda de Mundaka.
Mundaka é um município da Espanha na província de Biscaia, comunidade autónoma do País Basco, de área 4,19 km² com população de 1847 habitantes (2004) e densidade populacional de 440,81 hab/km². Deste modo fica evidente que não há muito o que fazer num “pueblo” como este, a não ser que tu sejas um aficionado por surf e não se importe em acordar cedo naquelas manhãs mais frias do Inverno para analisar as condições do mar. Em seguida voltar ao hotel para um pequeno-almoço, colocar o fato, botas, luvas, tudo que tiver para se proteger do griso matinal e se atirar num rio em busca de umas das melhores esquerdas da Europa e porque não do mundo. Ao sair com o corpo muito cansado após remar o tempo que conseguir numa corrente muito forte, nada melhor do que um bom almoço, e um bom descanso, para continuar o ciclo.
No primeiro dia, segunda-feira 10 de Dezembro as ondas estavam fora de controlo, cerca de 10 pés com um forte onshore, chuva e na cidade vizinha (Bermeo) o paredão do porto seria destruído. Foi um excelente dia para ir conhecer Bilbao e ficar quietinho no hotel a aguardar condições mais hospitaleiras. Na manhã seguinte o sol resolveu aparecer entre as nuvens e mesmo com um fraco onshore as ondas quebravam perfeitas com cerca de 6 pés. O dia seguinte foi marcado pelo flat, mas na quinta-feira, dia 13, as condições amanheceram perfeitas, 4 a 6 pés de ondas com vento offshore e alguns tubos a rolarem com apenas umas dez pessoas no pico. Foi o melhor presente de papai natal antecipado, com a cabeça feita, o corpo cansado, cheio de boas recordações era hora de voltar à rotina do Porto, mas aos amigos fica esta dica e ao terem a oportunidade de irem à este sítio não pensem duas vezes, um pouco de planeamento é recomendável, fiquem atentos aos ventos do quadrante sul, ondulações de noroeste e a maré vaza…
Rodrigo Camacho