Em qualquer local do mundo conhecer e fazer amizade com um local é uma vantagem inestimável. Nascido e criado num sítio onde tu és estrangeiro, falas estrangeiro e, sobretudo, pareces estrangeiro, um local pode abrir-te portas que, se sozinho, te seriam inacessíveis, talvez inimagináveis. Ele sabe os truques, os segredos, os do's e os dont's, os musts, os trusts, os atalhos, os retalhos, os malandros e os meandros. O local pode mudar a tua experiência e, tu, a sua própria percepção da zona onde sempre viveu. Recordo-me do Ali, em Marrocos, do Ysham, em Barcelona, do Yassine, em Amsterdam. Epá, coincidência ou não, são todos Marroquinos... Aqui, na Região Administrativa Especial de Macau, República Popular da China, onde se fala uma língua em que cada som tem oito tons, os ingredientes de cada prato se te afiguram inidentificáveis e a cultura e a mente habitam nos nossos antípodas, tive a sorte de ser recebido, com amizade, por uma local de sorriso na cara e inglês fluente. Em Macau, a Annie é a minha Inside Trader. Born and raised in Macau, representante da juventude que presenciou e cresceu com o "Casino Boom" do território, a Annie tem tido a gentileza de me mostrar Macau profundo. Com ela já assisti a filmes chineses, comi Ha Kaos e Chao Mins, enfrentei as horas de ponta macaenses em duas rodas, entrei e saí de sítios onde a minha presença se assemelhava à aterragem de um ET em plena Praça da República, aprendi a desenrascar-me em cantonês... sobrevivi e vivi Macau. Por isso, e por tudo, muito obrigado Annie!
Annie Cheok, a minha Inside Trader em duas rodas
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