No outro dia comprei um livro.
"O velho e o mar" de Hemingway.
Não resisti a lê-lo de uma acentada só. Bem duas!!!
E tantos paralelismos encontrei com esta nossa forma de enfrentar a besta, que tanto respeito incute mas que desafiamos vezes sem conta. O mar!
Quantas vezes paralisados pelo frio, cansados de tanto remar,
centrifugados pela força das ondas, olhamos a linha de agua e mais uma vez nos fazemos àquela que vai ser a onda do dia, à próxima que sempre desejamos mais perfeita.
Encontramos força no prazer e liberdade que sentimos.
É a ultima! Pensamos nós!
Até que entra o set, e aquela direita ou esquerda que faltava para uma boa surfada. Sim, porque perfeita ainda não sei o que é. Sou maçarico nestas lides. Mas não desisto.
É verdade que já não entro no mar faz algum tempo. O frio mata-me.
Mas o regresso está para breve.
Por enquanto contento-me com os meus livros e algumas (poucas) tardes passadas na areia, a desejar ser eu a dropar a onda que rebenta à minha frente...
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Expresso de Gernika
Romper da aurora na boca do Rio Gernika
No início do passado mês de Dezembro, o aquático Rodrigo Camacho apresentou aquela que é por muitos considerada como a melhor esquerda do continente europeu. O seu testemunho não pode deixar de me fazer pensar quão absurdo era, com mais de uma decada à descoberta das ondas e a menos de oito horas de viagem, nunca me ter feito à estrada para conhecer a tão badalada Mundaka..
Pois bem caros companheiros..
para mim, desde hoje muito cedinho, essa absurdidade já era!
Com um visual pouco comum, Mundaka, sózinha, à espera dos mais audazes..
Mais uma carruagem vazia, no Expresso que não acaba..
No início do passado mês de Dezembro, o aquático Rodrigo Camacho apresentou aquela que é por muitos considerada como a melhor esquerda do continente europeu. O seu testemunho não pode deixar de me fazer pensar quão absurdo era, com mais de uma decada à descoberta das ondas e a menos de oito horas de viagem, nunca me ter feito à estrada para conhecer a tão badalada Mundaka..
Pois bem caros companheiros..
para mim, desde hoje muito cedinho, essa absurdidade já era!
Com um visual pouco comum, Mundaka, sózinha, à espera dos mais audazes..
Mais uma carruagem vazia, no Expresso que não acaba..
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Doutor Região Oceânica
Aquático, Gabriel "bable" Cunha a tirar medidas à esquerdinha do Jacinto.
Cruzei-me pela primeira vez com ele no átrio da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Andava à procura do bedel.
"Aí brother, meu nome é Gabriel Cunha. Venho da Região Oceânica de Niterói, Rio de Janeiro, pego onda de Bodyboard e minha praia é Itacoa. Acabei de chegar.. Sabe onde posso encontrar o Senhor Bedel?"
Mais de quatro anos depois, Doutor em Leis, frequenta com brilhantismo e notoriedade um Mestrado em Direito das Empresas na mesma Instituição, apresenta-se como o último aquático activo na cidade dos Estudantes e continua não dispensar, de quando em quando, partir à procura de uma perfeição qualquer..
A baiaaquática não o tem visto muitas vezes.
Embora reze a história ser dificil a um estudante de coimbra não se deixar emaranhar pelas redes apertadas do bolício académico, parece não ser esse o caso. Soubemos que além das interminaveis horas que dedica ao estudo e à investigação, tem também dedicado algum tempo ao Sr. Cunha que chegou recentemente à Lusitânia para ver a familia e conhecer a Velha Europa.
Pela parte da crew aquática,
desejamos ao Sr. Cunha a melhor estadia em território lusitano,
agradecemos ao Gabriel a honrosa representação que continua a fazer desta Baía na Cidade dos Estudantes.
Tim Maia - Guiné B... |
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Em busca da excelência
Caros Guerreiros Aquáticos,
.
Uma análise atenta das previsões para a nossa costa revela um próximo fim de semana com boas condições para a prática do surf em quase todo o país. O bom, contudo, e nas sabias palavras do povo, é inimigo do excelente...
Se verificarem as condições penicheiras e imaginarem o laja laja poderão ter a primeira visão de uma excelente prógnose metereológica: com ondulação de noroeste a cair de 4.6 no sábado para 2.3 no domingo, vento consistente de sul e um intervalo médio de 11s, a laje vai estar a partir pedra. E, com ela, estarei eu, na busca da excelência...
Para opções mais relaxadas há sempre o beachbrake da praínha ou os múltiplos picos do balas que creio poder estar surfável.
RP feat. Laranja Mecânica, live in Baleal.
SAB-DOM: três lugares a bordo.
SAB-DOM: três lugares a bordo.
Primeira paragem -LSB.
O Vosso,
RP
RP
PS - Só para Guerreiros...
José Melo, em tempos remotos, mas já a denotar um excelente envolvimento com as merrecas do Cabedelo.
Captação fotográfica por Sara Gomes, Cabedelo (pico do meio), Figueira da Foz - 14-06-2004
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Reveillon, que Reveillon..
Pela primeira vez em muitos anos de convivência e depois de largas semanas de indecisão, a cidade dos estudantes, geograficamente privilegiada e impregnada de reminiscências festivas, foi o palco escolhido pela crew aquática para, aliada à crew jurídica nacional e internacional, celebrar a entrada no novo ano.
Para surpresa da maioria dos presentes, as hostilidades iniciaram-se no Basófias (afamada embarcação aquática, eternizada por interminaveis festas académicas em pleno Mondego) onde foi servido um modesto jantar (por uma quantia menos modesta!) composto por uma entrada de gambas, um acanhado naco de novilho acompanhado de batata assada, sobre a mesa com gelado de baunilha e top Milbona de laranja, bem regados por maduro tinto Confrabades, dupla casta (aragonês e touriga nacional), arrolhado por CSA - Cortiçal Sobreiros Amorim, SA.
Ainda a bordo mas com o Norte já atenuado, a meia noite chegou inesperada e com ela chegou o novo ano. Vieram os votos, os beijos, os brindes, as passas e as passas, e por fim a calçada firme rumo à zona velha da cidade onde a crew tinha marcado encontro.
The Funk & Alphas já tocava no Shmoo (nome de origem onomatopaica / mugir das vacas em Alemão) e deleitava largas dezenas de homens-estranhos, que abanavam freneticamente o côco na pista do Bar. Sem estranheza, a chegada dos aquáticos e das suas meninas foi naturalmente afastando esses bailarinos duvidosos para o balcão, dando espaço às meninas para espalharem todo o seu esplendor.
Daí em diante, a noite perdeu-se na corrida do tempo e a crew foi-se disseminando pelos abrigos de Coimbra até ser de manhã..
Perdurarão certamente na memória de quem esteve presente:
- as brilhantes actuações de Rui Proença e Claudia Garrido que aqueceram a pista do Shmoo como se não houvesse amanhã;
- o espírito da Ana Mota Pinto e do João Torres que se aguentaram à festividade, esgalharam bem a pista e mostraram de que massa é feita aquela juventude;
- a tranquilidade do Tiago Felgar que segurou o samba do trio carioca (Lu, Renata e Binho) sem perder a mínima tracção;
- a atribulada chegada do Master Monteiro ao basófias com a sua beldade estrangeira, sem se deixar perturbar;
- afastado de quase todas as câmaras, os passos arrojados do Sr. Governador e da sua dama em pleno Mondego;
- os beijos roubados pela nossa libertina Maria ao Zeca Pinto que outro remédio não teve se não deixar-se levar pela furacão coimbrinha;
- naturalmente e para terminar, o novo botim italiano do Alphas que arredou tudo o que era calçado concorrente para um canto mais cerrado que a proa do seu próprio botim.
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